01 outubro 2005

Ação e Vida em Equipe

Toda a ação, por mais simples que seja, é precedida por um pensamento, por um objetivo. Assim, para o nosso próprio bem, convém estabelecer metas claras, em que se privilegiam o objeto e não as pessoas, a fim de que possamos ser úteis ao bem comum.

A orientação para a ação deve ser feita consoante alguns princípios, entre os quais, o de exercitar o esforço nos setores que ficaram disponíveis, o de pensar com grandeza mesmo que o nosso papel seja secundário, o de se preocupar com a plenitude da vida e não em simplesmente fazer carreira. Dentro desse contexto, a prudência é de substancial importância, pois nos dará a chave para sermos mais eficientes, mais sabidos, não em pormenores da especialização, mas no domínio global da tarefa ou da matéria que estivermos tratando.

A vida em equipe deve ser enfatizada. Logicamente haverá rusgas, discussões, admoestações, situações próprias do funcionamento de qualquer grupo de trabalho. Isso não deve paralisar as boas obras; seria muito mais interessante se cada qual pudesse conscientizar-se de que dele não sairá a última palavra sobre uma determinada decisão. Deveríamos, sim, dar a nossa contribuição, independentemente de recompensas futuras, mas pelo simples fato de não deixarmos estagnados nem a vontade e nem o pensamento.

A força, o combate e a eficiência devem ser exercitados a todo o momento, pois não são poucos os estímulos contrários à realização do bem comum. Um doa uma vultosa quantia em dinheiro e julga-se dono da organização; o outro empresta a sua firma para trabalhos dentro da entidade e julga-se credor de regalias; o outro ainda consegue privilégios junto aos órgãos governamentais e julga-se merecedor de prestígio. É difícil não ser influenciado por esses fatores externos, contudo a força da vontade deve superar todos esses entraves.

humildade, fundamento de todas as virtudes, não poderia faltar nessa reflexão sobre o princípio da ação. Primeiramente, não deveríamos confundi-la com a subserviência, que é uma atitude dos fracos de espírito. Na realidade, a humildade deveria propiciar-nos condições para expressarmos o nosso próprio valor, nem para mais e nem para menos, pois qualquer excesso prejudica o bom desenvolvimento da personalidade humana.

Tenhamos em mente o objeto e sempre estaremos com razão. Agindo assim, granjearemos cada vez mais amigos solidários com o bem comum.

Fonte de Consulta

LEBRET, L. J. Princípios para a Ação. São Paulo, 6. ed., Duas Cidades, 1965.

 

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