02 dezembro 2012

Mapas Conceituais

Os mapas conceituais funcionam como diagramas, em que os conceitos são ligados por palavras, auxiliando a ordenação e a hierarquização dos conteúdos de ensino.

Joseph Novak, baseado nas teorias de David Ausubel sobre a aprendizagem verbal significativa, criou os chamados "mapas conceituais". Para Ausubel,  as informações no cérebro humano se organizam hierarquicamente, em que os conceitos específicos são ligados por conceitos gerais.

Ausubel, nessa teoria, aborda o termo "ancoragem", ou seja, a maneira de como o aluno constrói novos conhecimentos, baseados nas suas ideias cognitivas prévias. "A estrutura cognitiva está sempre se reestruturando com a relação dos novos conhecimentos interagindo com os anteriores. Essa interação é a chamada aprendizagem significativa, porque a aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva, ou seja, é um processo de amadurecimento". 



Fonte: Curso de Planejamento de Ensino

01 dezembro 2012

Cone do Aprendizado

Existem algumas pesquisas, desenvolvidas pelo professor Edgar Dale (1900-1985), que são internacionalmente conhecidas, e tratam do impacto dos recursos didáticos na aprendizagem. O mais famoso conceito desenvolvido por Dale nessas pesquisas foi o Cone do aprendizado, é também chamado de cone da experiência, pois demonstra como esses recursos se relacionam com a aprendizagem. Vejamos o cone:




Fonte de Consulta



03 agosto 2012

Retórica: Anedota de Protágoras

A retórica tem relação com a ironia. Muitas crianças chegam até perguntar: como se diz isso em irônico? A palavra grega eirena significa fingimento e dissimulação. Nesse caso, o ouvinte precisará retraduzir a inversão irônica para entender o real significado do que se quis dizer.

Os criadores da retórica tinham um objetivo bem claro: tornar fraco um discurso forte, forte um discurso fraco. A retórica surgiu entre os sofistas gregos, por volta do século V a.C. Se quisermos avaliar os sofistas nos tempos modernos, diríamos que são as estrelas da mídia, que vendem uma mensagem de forma brilhante. 

Sobre esse mister, há uma anedota contada por Protágoras, filósofo grego da Antiguidade, que se tornou famoso pela seguinte tese: o ser humano é a medida de todas as coisas

Ele ensinou retórica a Euathlos e, como este não tinha dinheiro, ficou acordado que o aluno deveria pagar o enorme honorário pela formação apenas quando ganhasse o seu primeiro processo. Contudo, Euathlos não atuou como advogado, mas se dedicou à música, não se vendo dessa forma obrigado a pagar. Assim, Protágoras o processou para obter pagamento dos honorários com a seguinte fundamentação: "Euathlos precisa pagar de qualquer maneira: se não para honrar nosso acordo, pela condenação do tribunal". Euathlos, por sua vez, respondeu: "Não preciso mesmo pagá-lo, pois se eu perder o processo, meu ensino terá sido ruim e o acordo continua a valer. Caso contrário, o tribunal terá que me dar ganho de causa, e não precisarei pagar de qualquer forma". O tribunal não soube como resolver esse paradoxo e arquivou o caso. 

Fonte de Consulta

BURCKHARDT, Martin. Pequena História das Grandes Ideias: Como a Filosofia Inventou nosso Mundo. Tradução de Petê Rissatti. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar Editorial, 2011 (p. 33 a 37).

 

18 julho 2012

Como Convencer Mais Facilmente as Pessoas

1) O olhar

É necessário olhar fixamente as pessoas. Não se trata de hipnotizar ou coisa parecida, mas de um fato normal, pois os olhos que pestanejam, que se desviam e que vacilam, refletem falta de energia e vontade, falta de domínio das emoções.

2) Fale pouco

Certas pessoas falam demais e isto as fatiga e faz com que o assunto principal se disperse. Só se convence as pessoas quando se fala o necessário. Deve-se falar apenas o essencial e no momento oportuno. Quem fala muito perde energias, comete erros, diz o que não se deve dizer e se vulgariza.

3) Ouvir com atenção o que os outros dizem 

Quando se ouve, sempre se aproveita alguma coisa, sem contar o fato de que escutar com atenção é sempre um ato de cortesia que impressiona favoravelmente aquele que fala. Há pessoas que interrompem outras mesmo no meio de assuntos importantes, um erro imperdoável, pois não deixam que a outra pessoa descarregue a tensão nervosa necessária para que se acalme.

4) Empregar todo o esforço possível para não perder o sangue-frio

Significa não ter pressa de responder e ouvir calmamente tudo o que a outra pessoa tenha a dizer.

5) Ver de frente os problemas e não ter a preocupação de os atacar diretamente

É preferível ladear as questões, quando as outras pessoas não estão em condições de discutir calmamente e esperar ou aguardar a oportunidade ou ainda adotar uma atitude mais adequada às circunstâncias, ou ainda, jogar habilmente com os próprios argumentos da outra pessoa.

6) Criticar é criar inimigos 

Não ofender, ou seja, evitar as frases fortes, ásperas, contundentes, as críticas fortes. Construir e não destruir, o que significa olhar mais as qualidades do que os defeitos dos demais.

7) Cultivar a persistência

Antes de falar ou expressar um pensamento, considerar devidamente o problema, atendendo não só às vantagens, mas igualmente aos inconvenientes.

8) Nunca se conservar sentado quando o interlocutor está de pé

Aquele que está sentado fica numa situação inferior, sob o ponto de vista psicológico. Ao invés de dominar, é dominado. Nunca fique de frente para a luz, mas cuide de que o seu rosto fique na penumbra, ou de costas para a luz, que de frente, reduz a força do olhar e diminui o poder sugestivo.

9)  Falar alto

Falar alto é absolutamente contraindicado para quem deseja exercer domínio sobre as pessoas. Uma voz calma e serena revela incontestável superioridade. Quanto mais grave é o assunto, tanto mais se deve em voz baixa e pausada. Na verdade, quando falamos baixo, obrigamos as pessoas a guardarem silêncio e a concentrarem sua atenção em nós e no que falamos.

10) Evitar o estilo pomposo, como se estivesse discursando

Quando a pessoa emprega termos difíceis, como se estivesse fazendo um discurso, logo cai no ridículo e não é levada a sério, mesmo que os seus ouvintes permaneçam aparentemente atentos. Para se convencer, é preciso naturalidade, simplicidade, sinceridade.

Fonte de Consulta

MONTALVÃO, Alberto. Conheça a si mesmo e as pessoas com quem trata. 5. ed., São Paulo: Novo Brasil, 1978, p. 145 a 147. 

 

21 março 2012

Tentativa e Erro: Método Eficaz de Aprendizagem

Tentativa. Ação pela qual alguém se esforça para obter determinado resultado; ensaio, experiência. Erro. Ação ou efeito de errar. Opinião, julgamento contrário à verdade. Imprecisão, incorreção.

Comecemos por uma imagem, extraída da filosofia. Suponha um indivíduo, sozinho, no meio de uma floresta, procurando uma saída; como está só, não há ninguém para ajudá-lo. Qualquer ação deverá partir dele mesmo. Poderá optar pelo atalho da direita, da esquerda, da frente ou dos fundos. Fará uma tentativa; pensando ter feito uma escolha errada, volta e começa tudo de novo...

O nosso aprendizado deveria se fundamentar nesse método. Primeiramente, acharmo-nos perdidos no meio da floresta. Esforçarmo-nos por resolver a dificuldade usando os nossos próprios recursos. Somente depois, procurarmos o que os outros descobriram no sentido de ampliar a nossa base de dados. O erro é uma ferramenta básica do aprendizado; ele é empírico, dá-nos a visão real da situação, trazendo em si mesmo, os incentivos para o acerto. Por isso, o ditado: “Errando corrige-se o erro”.

O preparo de alimento. Quem teve a ideia de combinar café com o leite, um produto preto com outro branco? Os cozinheiros não fazem o mesmo? Estão sempre misturando produtos distintos para obter uma receita eficaz. Depois de várias tentativas, com os seus consequentes erros, chegam a uma fórmula, a uma receita, que passa a ser produzida em seu restaurante.   

Pesquisa canadense mostra que os adultos mais velhos estão aprendendo mais pelo simples fato de guardar informações a partir da experiência, em vez de recebê-las passivamente. Segundo estudo publicado na edição eletrônica da revista Psychology and Aging. "Aprender da maneira mais difícil acabou sendo a melhor maneira", afirmou a coordenadora do estudo, Andree-Ann Cyr. O cérebro faz associações e vínculos mais ricos se tiver que se esforçar para buscar as respostas. Na aprendizagem passiva, exige-se menos do cérebro, porque a resposta correta simplesmente é dada. (1)

Como estudar O Livro dos Espíritos pelo método da tentativa e do erro? O habitual é ler uma pergunta e, imediatamente, a sua resposta. Façamos diferente: leiamos uma pergunta e escondamos a resposta. Tentemos responder (de preferência por escrito) com nossas próprias palavras. Feito isso, comparemos os nossos escritos com a resposta dada pelos Espíritos. Percebendo que nossa resposta está muito longe daquela dada pelos Espíritos, façamos outras tentativas, até chegarmos a uma aproximação aceitável.  

A montagem de uma palestra deveria seguir este método. Construí-la por tentativas e erros. Nada de pegar algo já pronto e transformá-lo em slides para a projeção em PowerPoint.

(1) http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/idosos-aprendem-melhor-por-tentativa-e-erro

Tudo é calculado usando o método de Cálculo Hipotético Universal de Tentativa e Erro (C.H.U.T.E).

&&&

Método Tentativa e Erro

Há muitas maneiras de resolver os problemas que nos chegam às mãos. A tentativa e erro é um bom exemplo. Temos que ver isso como método e não como passatempo.

Os passos são:

1) Escolher uma operação plausível;

2) Executar a operação com os dados;

3) Verificar se a meta foi alcançada.

Se a resposta ao item 3 for negativa, devemos repetir o processo até que se atinja a meta ou se evidencie a insolubilidade do problema.

O problema: num cercado de porcos e galinhas, uma pessoa contou 18 cabeças; a outra, 50 pernas. Quantos são os porcos?

Poderíamos resolver este problema por meio da equação matemática.

P+G = 18

4P+2G = 50 

Resolvendo: 

P = 18-G

4(18-G)+2G = 50

72-4G+2G = 50

-2G = -22

G = 11 è P = 7

Como resolvê-lo, porém,  sem uso da equação matemática?

Aí é que entra o Método de Tentativa e Erro.

Comecemos pelos extremos:

Porcos

Galinhas

Pernas

18

0

72 (mais)

0

18

36 (menos)

 

Método Aleatório das Tentativas

 

Porcos

Galinhas

Pernas

3

15

42

10

8

56

16

2

68

12

6

60

5

13

46

2

16

70

7

11

50

Não é eficiente, porque demanda muito tempo.

 

Método Sistemático das Tentativas

 

Porcos

Galinhas

Pernas

0

18

36

1

17

38

2

16

40

3

15

42

4

14

44

5

13

46

6

12

48

7

11

50

Poderá gerar muitas respostas, mas dará certo.

 

Método Orientado das Tentativas

 

Porcos

Galinhas

Pernas

Tentativa seguinte

6

12

48

Acrescente porcos

8

10

52

Reduza porcos

7

11

50

Resolvido

 

Podemos imaginar também que todos os porcos estejam sobre duas pernas. 18x2= 36. Faltam 14. Se dividirmos por 2, teremos 7 porcos.

Este método pode ser aplicado no preparo de uma palestra. Embora tenhamos o esquema básico, ou seja, introdução, meio e conclusão, nada nos impede de buscar outras alternativas para a apreensão dos dados, das informações necessárias à compreensão do tema.

Extraído de

WOOD, Larry E. Estratégias do Pensamento: Técnicas de Aptidão Mental. Tradução de Claudia C. Duarte. São Paulo: Círculo do Livro, 1997.

São Paulo, março de 2009.