10 junho 2008

Desafio à Autoridade

Em toda a organização, por mais simples que seja, há postos de comando, cuja finalidade é direcionar os trabalhos, tanto internos quanto externos. Líderes existem para que os liderados possam agir de forma participativa e, assim, aumentar a produtividade da empresa. Mas, que consequências advém quando se desafia a autoridade vigente? Exemplo: uma pessoa não está relacionada numa dada equipe e insiste em permanecer naquele posto de trabalho.

A situação é inusitada, mas o problema pede uma solução. Antes de mais nada, convém ponderar sobre as causas que propiciaram tal fato. Houve injustiça por parte dos diretores? No caso de desentendimento entre duas pessoas, protegeu-se um em detrimento do outro? Facilitou-se a volta de um e dificultou-se a volta do outro? As regras da boa liderança determinam que em toda a situação difícil os líderes devem agir de forma totalmente impessoal, pois a pessoa que foi prejudicada vai sempre se achar com razão.

Suponha que a pessoa insista em ficar no cargo apesar de ter sido afastada. Deve-se chamar a polícia? E se for uma entidade beneficente? Deve o líder ceder à força exercida por essa pessoa? Como atuar de forma equilibrada? Primeiramente, o líder deve ponderar se tomou a decisão correta. Em caso afirmativo, não deve ceder aos ímpetos do subordinado. É preferível sofrer todos os incômodos causados por tal atitude a sentir a sua consciência manchada pelo ato de insubordinação à ordem preestabelecida.

O indivíduo, vítima da insubordinação, pode alegar que está agindo corretamente. É um direito que lhe assiste. Mas, estará bem psicologicamente? E espiritualmente? Será que não está precisando renovar o seu senso de autocrítica? Muitas vezes, o nosso desejo de vingança, acaba obliterando o nosso olhar crítico. E a falta de um senso crítico apurado ocasiona um mal terrível a nós mesmos e a todos aqueles que nos rodeiam. O pior de tudo é que fazemos o mal ao próximo e não o percebemos.

O administrador tem que administrar. Não importa o tipo de problema que lhe surja. Deve ele estar sempre aberto para iluminar a questão. Se assim o fizer, irá tomando consciência da situação, analisando os prós e o contras, os antecedentes e os consequentes, o agressor e o agredido etc. Como sua função é contribuir para o bem comum, poderá até receber o insight dos mestres espirituais que o conduzirão para a tomada da melhor decisão.

Convém, assim, nesses momentos cruciais pelos quais passa uma organização, permanecer calmo e tranquilo, a fim de dar ao problema a melhor solução, no sentido de contribuir para a evolução espiritual de todos os envolvidos.




Nenhum comentário: