É uma verdadeira arte conseguir colocar as coisas
mais importantes em primeiro lugar na vida.
O que significa a palavra urgente? E a palavra
importante? Sabemos diferenciar uma da outra? Urgente é algo que tem que ser
feito imediatamente; o importante, nem sempre. Exemplo: consertamos uma máquina
quebrada, submetemo-nos a uma cirurgia no coração, escrevemos um ensaio no
domingo à noite para ser entregue na segunda de manhã. O importante está
relacionado com o planejamento de longo prazo, os projetos de futuro e a
delegação de responsabilidade.
Stephen R. Covey, em First Things First: Como
Definir Prioridades num Mundo sem Tempo, distribui as atividades humanas em
quatro quadrantes: 1) importante-urgente, 2) importante-não-urgente, 3) não-importante-urgente, 4) não-importante-não-urgente.
O importante-urgente é aquilo que devemos fazer, senão poderemos ser enterrados
vivos; o importante-não-urgente é o Quadrante da Qualidade em que projetamos o
nosso futuro; o não-importante-urgente é o Quadrante da Decepção em que o
burburinho da urgência cria a ilusão da importância; o
não-importante-não-urgente é o Quadrante do Desperdício em que o trabalho sem
importância é valorizado.
O uso do relógio caracteriza a urgência; o uso da
bússola a importância. O relógio diz respeito aos compromissos, às reuniões,
aos horários a serem obedecidos; a bússola, à visão, aos valores, aos
princípios, à missão, à maneira como conduzimos a nossa vida. O autor enfatiza
que deveríamos agir segundo a bússola, pois mais importante que a velocidade
com que estejamos nos locomovendo, é a direção que estamos dando à nossa
locomoção. Por isso, não se deve escolher entre o "bom" e o
"ruim", mas entre o "bom" e o "melhor".
Agimos pelos princípios ou pelas emoções? Há
princípios que são universais e existem deste toda a eternidade. Por mais que a
civilização tente escondê-los, eles permanecem em nosso subconsciente. Esses
princípios nada mais são do que as leis naturais, gravadas pelo Criador em
nossa consciência. Esquecê-los ou renegá-los é um grande atraso para a evolução
de nossa alma imortal. De acordo com essas leis naturais, nós não controlamos
as nossas vidas; os princípios é que as controlam.
Um diário pessoal contribui muito para
diferenciarmos o urgente do importante. Ao transcrevermos para o papel as
nossas ações diárias, tomamos consciência de como passamos o dia. Podemos
verificar como fomos em pensamento, palavras e atos. Com isso, visualizamos os
atos urgentes que só foram urgentes porque não soubemos prever, programar e
realizá-los dentro do tempo previsto. É o caso do crime, que muitas vezes
acontece, porque não houve prevenção policial.
Tenhamos em mente as ações baseadas em princípios.
Não nos deixemos influenciar pela aparente vitória do erro e da mentira. A
verdade está no fundo e, para descobri-la, é preciso cavar muita terra.
Fonte de Consulta
COVEY, Stephen R. et all. First Things
First: Como Definir Prioridades num Mundo sem Tempo. Tradução de Júlio
Bernardo Ludemir. Rio de janeiro: Campus, 1995.
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