23 junho 2010

Grandes Estrategistas e Administração

Em administração, faz-se analogia com quase tudo: místicos e religiosos, pensadores e filósofos e grandes estrategistas de guerra. Dunnigan, no livro A Sabedoria dos Maiores Estrategistas, examinou as táticas e técnicas das guerras de Alexandre, o Grande, Júlio César, Carlos Magno, Gengis Khan etc., comparando-as com as atuações dos gerentes das empresas modernas.

Para ele, Júlio César (100–44 a.C.) foi um comunicador supremo. Por isso, enfatiza que a comunicação é o grande segredo para que algo seja concretizado. Nesse caso, os gerentes, à semelhança dos grandes guerreiros, devem aprender a se comunicar com diversos tipos de pessoas: subordinados, superiores, colegas, parceiros estratégicos, imprensa e concorrentes. Caso não o façam, estarão sujeitos ao fracasso.

Alexandre, o Grande (356–323 a.C.), ao liderar os exércitos gregos na conquista do Império Persa, vislumbrou-nos a coragem de enfrentar dificuldades, inclusive a própria morte. A coragem de enfrentar a morte não é privilégio somente de Alexandre, mas de quase todos os estrategistas de guerra. Os gerentes, baseando-se nos feitos desses grandes guerreiros, devem ter a coragem de tomar decisões. “Se o líder de uma empresa não tiver coragem de enfrentar tarefas difíceis, os seus subordinados também não o farão”. O líder deve ter, também, muita coragem para admitir que cometeu determinado erro.

Liderar pelo exemplo. Os grandes comandantes nunca mandaram fazer algo que não puderam ter feito antes. Diz-se que “o exemplo corrige mais que as repreensões”. Passando para o lado da gerência. Se os gerentes quiserem que os funcionários façam horas extras, fiquem além do horário preestabelecido, ele deverá ser o primeiro a fazê-lo. Como gerentes, devemos ter em mente que o exemplo contagia.

Planejamento, organização, flexibilidade, treinamento, disciplina e visão de longo prazo são termos usados nas guerras; usando-os no dia-a-dia, os gerentes nada perdem e muito ganham com essa determinação.

Fonte de Consulta

DUNNIGAN, J. MASTERSON, D. A Sabedoria dos Maiores Estrategistas: Táticas e Técnicas de Guerra em Administração. Tradução de Eduardo Lassere. São Paulo: Futura, 2001.

 

 

16 junho 2010

Zen e a Clareza da Mente

Para alcançar verdadeira clareza da mente, o Zen propõe que a pessoa busque o “vazio” mental. O vazio nada mais é do que um estado mental sem preconceitos. De posse deste vazio, a mente não procura definir e interpretar as coisas; desprezando opiniões e visões, a mente consegue focar a realidade, sem subjetividade e sem as limitações da percepção.

O mestre Zen Shoushan mostrava uma vara e dizia: “Ao chamar isso de vara, você está se apegando. Ao não chamar de vara, você está ignorando. Então, que nome você dá a isso?” Esse koan elucida-nos sobre a clareza da mente. Ao nomearmos um objeto, apegamo-nos a ele, em virtude da definição preconcebida que o acompanha. Ao definir, ficamos bloqueados no seu conceito e não apreendemos a totalidade do objeto. É importante que a nossa visão ultrapasse a percepção física dos objetos.

O nível de inteligência de uma pessoa está sempre evoluindo. O cérebro reage positivamente à presença de estímulos; negativamente, na ausência deles. É preciso estar sempre alimentando o cérebro para ele não perder a sua força e a sua capacidade de memorizar e raciocinar. Da mesma forma que um músculo se atrofia por falta de uso, o cérebro se retrai por falta de informações.

A capacidade de focar é uma questão de disciplina mental. A disciplina mental depende muito de treinamento. Uma mente indisciplinada, por exemplo, não consegue manter-se focada em um problema para pensar claramente em uma solução. Ela se distrai, pois quer estar em muitos lugares ao mesmo tempo. É o caso das pessoas que começam muitas coisas, mas não chegam ao fim de nenhuma delas. É como a pessoa que perde a floresta em nome da árvore.

Algumas frases para adquirir a clareza da mente:

Não deixar que a mente pense que sabe uma resposta antes de realmente conhecer a resposta.

Não confundir opinião com fatos

Não limitar a realidade das coisas, impondo definições, por natureza, incompletas.

Não deixar que emoções definam os parâmetros de compreensão.

Não deixar que a mente bloqueie tudo o que os sentidos são capazes de perceber.

Não deixar que a mente pressuponha que os sentidos possam perceber todas as realidades.

Fonte de Consulta

DIFFENDERFFER, Bill. O Líder Samurai: Liderando com a Coragem, a Integridade e a Honra do Código Samurai. Tradução de Márcia Nascentes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.