Tentativa. Ação pela qual alguém se esforça para obter determinado resultado;
ensaio, experiência. Erro. Ação ou efeito de errar. Opinião,
julgamento contrário à verdade. Imprecisão, incorreção.
Comecemos por uma imagem, extraída da filosofia. Suponha um indivíduo,
sozinho, no meio de uma floresta, procurando uma saída; como está só, não há
ninguém para ajudá-lo. Qualquer ação deverá partir dele mesmo. Poderá optar
pelo atalho da direita, da esquerda, da frente ou dos fundos. Fará uma
tentativa; pensando ter feito uma escolha errada, volta e começa tudo de
novo...
O nosso aprendizado deveria se fundamentar nesse método. Primeiramente,
acharmo-nos perdidos no meio da floresta. Esforçarmo-nos por resolver a
dificuldade usando os nossos próprios recursos. Somente depois, procurarmos o
que os outros descobriram no sentido de ampliar a nossa base de dados. O erro é
uma ferramenta básica do aprendizado; ele é empírico, dá-nos a visão real da
situação, trazendo em si mesmo, os incentivos para o acerto. Por isso, o
ditado: “Errando corrige-se o erro”.
O preparo de alimento. Quem teve a ideia de combinar café com o leite,
um produto preto com outro branco? Os cozinheiros não fazem o mesmo? Estão
sempre misturando produtos distintos para obter uma receita eficaz. Depois de
várias tentativas, com os seus consequentes erros, chegam a uma fórmula, a uma
receita, que passa a ser produzida em seu restaurante.
Pesquisa canadense mostra que os adultos mais velhos estão aprendendo
mais pelo simples fato de guardar informações a partir da experiência, em vez
de recebê-las passivamente. Segundo estudo publicado na edição
eletrônica da revista Psychology and Aging. "Aprender da maneira
mais difícil acabou sendo a melhor maneira", afirmou a coordenadora do
estudo, Andree-Ann Cyr. O cérebro faz associações e vínculos mais ricos se tiver que se
esforçar para buscar as respostas. Na aprendizagem passiva, exige-se menos do
cérebro, porque a resposta correta simplesmente é dada. (1)
Como estudar O Livro dos Espíritos pelo método da
tentativa e do erro? O habitual é ler uma pergunta e, imediatamente, a sua
resposta. Façamos diferente: leiamos uma pergunta e escondamos a resposta.
Tentemos responder (de preferência por escrito) com nossas próprias palavras.
Feito isso, comparemos os nossos escritos com a resposta dada pelos Espíritos.
Percebendo que nossa resposta está muito longe daquela dada pelos Espíritos,
façamos outras tentativas, até chegarmos a uma aproximação aceitável.
A montagem de uma palestra deveria seguir este método. Construí-la por
tentativas e erros. Nada de pegar algo já pronto e transformá-lo em slides para
a projeção em PowerPoint.
(1) http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/idosos-aprendem-melhor-por-tentativa-e-erro
Tudo é calculado usando o método de Cálculo Hipotético Universal de
Tentativa e Erro (C.H.U.T.E).
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