31 março 2015

Conversas Difíceis

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As conversas difíceis ocorrem quando nos sentimos vulneráveis, quando há riscos para o relacionamento, quando envolve assuntos importantes e resultados duvidosos. Exemplos: separação, divisão de herança, decisão de carreira, demissão, lidar com um sequestro, agressão, decepção no relacionamento.

Para resolver esta situação incômoda, convém: 

Preparação: apesar das desconfianças, não percamos a cabeça com ameaças e acusações, como por exemplo, "eu acho que você está usando drogas". Há outros modos de situar o problema. Há sempre outras alternativas para essa abordagem. Pensemos naquelas que não ofendam o interlocutor. 

Informar os fatos: os fatos proporcionam um começo mais seguro. Para tanto, use um tom neutro, sem julgamentos. Pode-se dizer: "ontem você chegou à 2h da manhã", em vez de "você não é confiável". Não queremos convencer os outros que estamos certos, mas os fatos dão subsídios para o outro pensar e refletir numa melhor resposta.

Relate sua história: ela dá o grau da importância que os fatos têm para você. É preciso muita cautela, pois às vezes nossas conclusões têm um potencial incendiário. Não se desculpe por suas opiniões. Ao perceber que a segurança foi rompida saia da história, reconstrua a segurança e volte. Demonstre humildade, solicitando a opinião do outro.

Incentive-a a se expressar: para você saber a opinião do outro, ele precisa expressá-la e somente o fará caso sinta-se seguro e respeitado. Caso contrário haverá silêncio, evasivas ou agressão. Garanta-lhe que quer escutá-lo, mesmo em opiniões, versões diferentes das suas. 

 

 



17 março 2015

Níveis de Conflito

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Um conflito pode surgir de uma pequena diferença de opiniões e se agravar até atingir o nível destrutivo. 

Acompanhemos a evolução dos conflitos e suas características:

Nível 1 — Discussão: é o estado inicial do conflito; caracteriza-se normalmente por ser racional, aberta e objetiva; 

Nível 2 — Debate: neste estado, as pessoas fazem generalizações e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O grau de objetividade existente no nível começa a diminuir; 

Nível 3 — Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa escolhidos pela outra parte envolvida; 

Nível 4 — Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconcebidas com relação à outra parte, fruto de experiências anteriores ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas assumam posições fixas e rígidas. 

Nível 5 — Loss of face ("ficar com a cara no chão): trata-se da postura de "continuo neste conflito custe o que custar e lutarei até o fim", o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes envolvidas se retire; 

Nível 6 — Estratégias: neste nível começam a surgir ameaças e as punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma das peças fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez mais restrito; 

Nível 7 — Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita frequência os primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos; 

Nível 8 — Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se autopreservar e se proteger passa a ser a única preocupação. A principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado; 

Nível 9 — Ataques generalizados: Neste nível chega-se às vias de fato e não há outra alternativa a não a retirada de um dos dois lados envolvidos ou a derrota de um deles. 

O modelo apresentado aplica-se a qualquer tipo de conflito. Dependendo da importância que se dá ao conflito - ignorando-o ou reprimindo-o - ele tende a crescer e a se agravar. Porém, quando é reconhecido e as ações corretivas são aplicadas imediatamente, poderá ser resolvido e transformar-se numa força positiva, capaz de mudar hábitos e nos estimular a buscar resultados mais positivos. 

Fonte de Consulta

Apostila Coleção Gestão Empresarial