John Naisbitt, autor de Megatendência,
aponta em seu livro, O Líder do Futuro, nada
menos do que onze modelos mentais de liderança. O termo modelo mental vem
de mindset, palavra inglesa de difícil tradução. De acordo com o
contexto, podemos empregar para esta palavra os seguintes significados: modelo
mental, conceito, mentalidade, forma de pensar, padrões do pensamento,
condicionamento, conjunto de valores e ideia preconcebida.
Os onze modelos mentais são: 1) embora muitas
coisas mudem, a maioria delas permanece constante; 2) o futuro está embutido no
presente; 3) concentre-se no placar do jogo; 4) compreenda o poder que há em
não precisar estar certo; 5) veja o futuro como um jogo de quebra-cabeça; 6)
evite ficar muito à frente do desfile para não parecer que você nem faz parte
dele; 7) a resistência à mudança diminuirá se os benefícios forem reais; 8) as
coisas pelas quais esperamos são as que demoram mais para acontecer; 9) não se
obtêm resultados resolvendo problemas, mas explorando oportunidades; 10) só
acrescente se puder subtrair; 11) não se esqueça da ecologia da tecnologia.
Analisemos, a seguir, alguns desses modelos.
Somente acrescente se puder subtrair. Esta regra cabe bem ao esporte, pois todos os
times têm um número fixo de jogadores: ao acrescentar um atleta, deve
necessariamente tirar outro. Pode-se, contudo, aplicá-la em quase todas as
situações da vida. O princípio subjacente é: para acrescentar, subtraia. Para
acrescentar uma roupa nova, desfaça de uma velha; para adquirir um livro novo,
desfaça de um velho. Em tempo: quantas não são as coisas que guardamos em nosso
guarda-roupa, em nossa biblioteca e em nosso escritório? Quantas delas serão
usadas no futuro?
Evite ficar muito à frente do desfile para não
parecer que você nem faz parte dele.
O líder deve conhecer todas as técnicas de liderança divulgadas pela mídia. É
seu dever. Não pode, entretanto, esquecer-se de que deve caminhar junto com o
grupo, ao qual dirige. Distanciando-se, acaba perdendo o controle. Por isso,
diz-se que o emissor deve saber se o receptor está captando inteiramente a sua
mensagem. Se não o fizer dessa maneira, poderá estar falando ao léu, sem que
ninguém o ouça.
Compreenda o poder que há em não precisar estar
certo. Quando um ser humano, tal qual
Einstein, por exemplo, faz uma descoberta extraordinária, pode ser tentado a
ficar sentado na própria fama. Isso, contudo, é muito ruim para o grupo ao qual
lidera. Há tantas coisas acontecendo no mundo, que se torna impossível ter uma
noção de tudo. Por isso, aceitar que os outros tenham ideias próprias e até
provocar para que as tenham em abundância, é de suma importância para o êxito
de qualquer empreendimento.
O líder do futuro deve ser uma pessoa dotada de
qualidades teóricas e práticas, pois não basta somente ter ideias, é preciso
colocá-las em prática.
Fonte de Consulta
NAISBITT, John. O Líder do Futuro.
Tradução de Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.
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