Aprendizagem significa a aquisição de conhecimentos
e habilidades. Em Psicologia, fala-se em mudança de comportamento, em reagir de
forma diferente a uma situação por causa de uma resposta pretérita à situação.
As atividades dos psicólogos da aprendizagem baseiam-se em: o experimento de
Pavlov (reflexo inato e condicionado); a aprendizagem por ensaio-e-erro, a
aprendizagem por impulsos adquiridos, a aprendizagem por recompensas
secundárias. Há, inclusive, a discussão sobre o estímulo-resposta com reforço e
o estímulo-resposta sem reforço.
A memória é a retenção de informações. Para que ela
exista, o Sistema Nervoso deve ser capaz de "voltar a criar" em nível
posterior (ulteriormente) o mesmo padrão espacial e temporal do estímulo no
Sistema Nervoso Central. A memorização é tão importante que Simonides, na Antiguidade
grega, já nos falava em associar os conhecimentos com as imagens de uma casa. O
aprendiz deveria relacionar cada novo conhecimento a um compartimento da casa.
Quando dele precisasse, era só vasculhar esse compartimento. É como uma ficha
que se tira de um fichário.
O que leva uma pessoa a aprender? Há necessidade da
memória? Em que ela ajuda ou atrapalha a aprendizagem? A relação
memória-aprendizagem necessita de uma reflexão. Há indícios de que o excesso de
memória atrapalha o bom uso da inteligência. É o caso do médico que tinha
dificuldade de prescrever a receita, em virtude de sua estupenda memória.
Diz-se, em termos religiosos, que devemos tirar muitas coisas de nossa memória,
no sentido de cedermos espaços às outras informações, mais condizentes com as
nossas necessidades de progresso espiritual.
De acordo com estudos psicológicos, deve-se tentar rememorar um assunto tão logo ele se nos apresente aos olhos e aos ouvidos. Isso faz-nos aplicar um fluxo energético ao que o nosso cérebro achou importante enfatizar. Se assim não fizermos, vamos acumulando tantas informações que não seremos capazes de selecionar aquelas que servem para o nosso propósito na vida. Em outras palavras, o excesso de informações prejudica a atenção e a concentração.
Há uma fórmula — SQ4R —, que vem do inglês, e nos ajuda a memorizar. S, de survey (pesquisa), Q, de
questions (perguntas), R, de read (ler), R, de recall (recordar), R, de repeat (repetir), R, de review (rever). Aplicando-a em nosso dia-a-dia, poderemos ter uma
memória bem robustecida. A Psicologia ensina-nos, também, que a repetição tem
que ser moderada, pois com poucas repetições há grande aprendizado, enquanto
com muitas o rendimento cai. Os psicólogos aconselham-nos a deixar espaço para
o cérebro trabalhar por conta própria, principalmente durante o sono físico.
Exercitemos a nossa memorização. Escolhamos, porém,
aquilo que condiz com a necessidade peremptória de nosso espírito imortal.
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