A mudança pode ser definida como qualquer alteração
ou variação em uma ou mais propriedades de uma coisa. Ela pode ser quantitativa, qualitativa e evolutiva.
Mudança quantitativa = mudança no valor de uma ou mais
propriedades. Exemplo: crescimento populacional. Mudança qualitativa =
a emergência ou a submersão de uma ou mais propriedades de uma coisa. Exemplo:
mudanças estruturais em sistemas sociais. Mudança evolutiva =
a emergência de um tipo (espécie) ou coisas inteiramente novas. Exemplo:
formação de novas instituições.
No âmbito da economia, as mudanças tecnológicas são
constantes e tendem a aumentar cada vez mais. Observe a evolução de uma máquina
de escrever: há 50 anos suas teclas eram operadas manualmente; com a invenção
da máquina elétrica, a datilografia tornou-se leve e rápida; posteriormente, o
teclado ganhou a companhia de uma tela e de um processador; atualmente, os
computadores avançados. Vejamos também a diferença entre a linha de produção
antiga (produção em série, com muitos funcionários) com a linha de produção
atual (economia de escala, com poucos funcionários).
A tecnologia da informação permite cumprir velhas
tarefas de modo mais eficiente. Ela sintetiza a digitalização do conhecimento.
Depois de ser armazenado num disco flexível, disco rígido ou cd-rom, o
conhecimento pode ser manipulado, modificado e usado para aumentar a
produtividade das empresas. Diz-se, inclusive, que temos todas as mudanças em
tempo real, pois basta estarmos conectados à rede da Internet, para termos
acesso a todos os tipos de informações, quer sejam técnicas, filosóficas,
científicas e mesmo religiosas.
O indivíduo, diante de uma mudança, tem três
opções: resistir a ela, segui-la ou liderá-la. Optando pela resistência, mais
não faz do que adiar a mudança. O computador, por exemplo, veio para ficar,
quer queiramos ou não. O correto é liderá-lo, ou seja, fazê-lo servir às nossas
necessidades e não sermos devorados por ele. Por isso, propõe-se uma mudança
pró-ativa (voluntariamente promovida) e não a passiva ou a radical. Quando
assumimos uma postura de abertura ao novo, antes que ele se nos faça
obrigatório, armazenamos energia para os momentos de maior incerteza em nossa
existência.
A mudança tecnológica tem os seus prós e os seus
contras. Do ponto de vista do bem-estar e da facilidade de se produzir bens,
ela é altamente eficaz. Observe a quantidade de serviços repetidos e enfadonhos
que o robô nos liberou. O sentido negativo dos avanços tecnológicos prende-se
aos possíveis danos causados ao meio ambiente e à personalidade humana, pois a
produção em larga escala incentiva o consumo de massa, que por sua vez amplia
os desejos de compra, nem sempre naturais.
Estejamos sempre abertos à mudança. Se nos pegarmos
resistindo a ela, verifiquemos os porquês. Quem sabe não estamos sendo
preguiçosos para enfrentar os riscos e as incertezas de nossa vida.
Fonte de Consulta
HELLER, Robert. Como Gerenciar Mudanças.
São Paulo: Publifolha, 1999 (Série Sucesso Profissional)
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