26 junho 2008

Abertos à Mudança

A mudança pode ser definida como qualquer alteração ou variação em uma ou mais propriedades de uma coisa. Ela pode ser quantitativaqualitativa e evolutiva. Mudança quantitativa = mudança no valor de uma ou mais propriedades. Exemplo: crescimento populacional. Mudança qualitativa = a emergência ou a submersão de uma ou mais propriedades de uma coisa. Exemplo: mudanças estruturais em sistemas sociais. Mudança evolutiva = a emergência de um tipo (espécie) ou coisas inteiramente novas. Exemplo: formação de novas instituições.

No âmbito da economia, as mudanças tecnológicas são constantes e tendem a aumentar cada vez mais. Observe a evolução de uma máquina de escrever: há 50 anos suas teclas eram operadas manualmente; com a invenção da máquina elétrica, a datilografia tornou-se leve e rápida; posteriormente, o teclado ganhou a companhia de uma tela e de um processador; atualmente, os computadores avançados. Vejamos também a diferença entre a linha de produção antiga (produção em série, com muitos funcionários) com a linha de produção atual (economia de escala, com poucos funcionários).

A tecnologia da informação permite cumprir velhas tarefas de modo mais eficiente. Ela sintetiza a digitalização do conhecimento. Depois de ser armazenado num disco flexível, disco rígido ou cd-rom, o conhecimento pode ser manipulado, modificado e usado para aumentar a produtividade das empresas. Diz-se, inclusive, que temos todas as mudanças em tempo real, pois basta estarmos conectados à rede da Internet, para termos acesso a todos os tipos de informações, quer sejam técnicas, filosóficas, científicas e mesmo religiosas.

O indivíduo, diante de uma mudança, tem três opções: resistir a ela, segui-la ou liderá-la. Optando pela resistência, mais não faz do que adiar a mudança. O computador, por exemplo, veio para ficar, quer queiramos ou não. O correto é liderá-lo, ou seja, fazê-lo servir às nossas necessidades e não sermos devorados por ele. Por isso, propõe-se uma mudança pró-ativa (voluntariamente promovida) e não a passiva ou a radical. Quando assumimos uma postura de abertura ao novo, antes que ele se nos faça obrigatório, armazenamos energia para os momentos de maior incerteza em nossa existência.

A mudança tecnológica tem os seus prós e os seus contras. Do ponto de vista do bem-estar e da facilidade de se produzir bens, ela é altamente eficaz. Observe a quantidade de serviços repetidos e enfadonhos que o robô nos liberou. O sentido negativo dos avanços tecnológicos prende-se aos possíveis danos causados ao meio ambiente e à personalidade humana, pois a produção em larga escala incentiva o consumo de massa, que por sua vez amplia os desejos de compra, nem sempre naturais.

Estejamos sempre abertos à mudança. Se nos pegarmos resistindo a ela, verifiquemos os porquês. Quem sabe não estamos sendo preguiçosos para enfrentar os riscos e as incertezas de nossa vida.

Fonte de Consulta

HELLER, Robert. Como Gerenciar Mudanças. São Paulo: Publifolha, 1999 (Série Sucesso Profissional)

 

 

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