30 outubro 2025

Inteligência Artificial: Ganhos e Perdas

Questão 1 — Quais são os ganhos e perdas no uso da inteligência artificial?

O uso da inteligência artificial (IA) traz ganhos e perdas que se manifestam em diferentes áreas: educação, trabalho, relações humanas, ética, arte, entre outras. Abaixo faço um panorama equilibrado:

A) GANHOS (benefícios)

1. Agilidade e eficiência. A IA automatiza tarefas repetitivas, processa grandes volumes de dados e otimiza processos em segundos. Exemplo: diagnósticos médicos mais rápidos, análises financeiras em tempo real, produção de textos e traduções instantâneas.

2. Acesso ampliado ao conhecimento. Ferramentas de IA democratizam o saber, tornando o aprendizado e a pesquisa mais acessíveis a qualquer pessoa com internet. Na educação, atua como “tutor inteligente”, adaptando-se ao ritmo e estilo de cada aluno.

3. Criação e inovação. Estimula novas formas de arte, literatura, música e design. Colabora com cientistas e inventores em descobertas e simulações complexas.

4. Tomada de decisão mais informada. A IA auxilia na interpretação de dados e oferece previsões baseadas em padrões invisíveis ao olhar humano.

5. Apoio em acessibilidade. Ferramentas de voz, leitura automática e tradução ampliam a inclusão digital e social.

B) PERDAS (riscos e desafios)

1. Desumanização e dependência. O uso excessivo pode enfraquecer a reflexão crítica, o esforço intelectual e o contato humano. “Pensar” pode ser terceirizado às máquinas, empobrecendo a experiência de aprender.

2. Desemprego e desigualdade A automação substitui profissões manuais e cognitivas, criando um abismo entre quem domina e quem é dominado pela tecnologia.

3. Manipulação da informação. Deepfakes, desinformação e viés algorítmico podem distorcer a verdade e influenciar opiniões.

4. Perda de privacidade O uso de dados pessoais sem consentimento expõe os indivíduos à vigilância e ao controle social.

5. Crise ética e identitária. Surge a pergunta: o que é “humano” quando uma máquina pode criar, pensar e até sentir de forma simulada?

C) Síntese filosófica

O uso da IA é, ao mesmo tempo, ampliação e ameaça do humano. Ela potencializa a inteligência — mas também testa nossos limites éticos e espirituais. Como disse Heidegger, a técnica não é apenas um instrumento: é um modo de revelar o mundo. A questão é quem conduz quem: o homem a máquina ou a máquina o homem? 

Questão 2 — Qual é o grau de confiança de uma informação dada por uma inteligência artificial (como o ChatGPT)?

1. A natureza da informação produzida pela IA

O ChatGPT não “sabe” como um ser humano sabe. Ele gera respostas com base em padrões linguísticos e probabilidades — isto é, ele “prevê” qual sequência de palavras faz mais sentido segundo os dados em que foi treinado.

Por isso:

Ele pode soar muito convincente, mesmo quando está errado.

Ele não tem consciência, opinião nem verificação empírica direta.

Ele não acessa a verdade, mas reproduz padrões de linguagem sobre a verdade.

2. Grau de confiança: depende do tipo de informação

Tipo de informação

Grau de confiança

Observação

Fatos objetivos e amplamente documentados

(datas históricas, definições científicas, biografias conhecidas)

Alto

(80–95%)

A IA acerta com frequência, mas erros ainda podem ocorrer.

Informações recentes ou em mudança constante

(notícias, atualizações tecnológicas, leis novas)

Médio a baixo

 (40–70%)

A IA pode estar desatualizada; o ideal é verificar fontes atuais.

Interpretações filosóficas, literárias ou artísticas

Médio

(60–85%)

As respostas são coerentes, mas refletem síntese de visões já publicadas, não uma experiência própria.

Questões éticas, morais ou subjetivas

Variável

A IA pode argumentar com base em perspectivas conhecidas, mas não tem julgamento moral real.


3. Como aumentar a confiabilidade

1. Verificar fontes: sempre que possível, peça referências ou pesquise os fatos em sites oficiais e acadêmicos.

2Conferir coerência: se algo parecer muito simplificado ou contraditório, vale confrontar com outras fontes.

3Atualizar o contexto: para temas em constante evolução (como leis, ciência, política), use versões com acesso à web.

4. Usar o discernimento humano: a IA é ferramenta, não autoridade. O juízo crítico ainda é o que garante a verdade.

Síntese filosófica

A IA não substitui o saber, mas simula a linguagem do saber. O grau de confiança depende do grau de vigilância humana. Em termos epistemológicos, ela é um auxiliar da razão, não o seu fundamento.

Como dizia Sócrates, “saber é saber que nada se sabe”. Com a IA, esse princípio volta a ter pleno sentido: quanto mais ela sabe, mais precisamos saber discernir.

Fonte de Consulta: ChatGPT

 

24 outubro 2025

Palestra Espírita, Como Fazer (Notas de Livro)

Título: Palestra Espírita, Como Fazer

Autor: Louis Neilmoris 

Edição revisada em Agosto, 2011

Prólogo

A abrangência da palestra espírita chega mesmo a ser, não para poucos, um dos maiores problemas atuais do Espiritismo, pois o que se ouve num centro é questionado em outro e rechaçado em determinada casa espírita. Há palestras que nada explicam, outras que só confundem e algumas mais que revoltam. É que elas são proferidas conforme o entendimento de seu expositor e bem pouca triagem se faz, por parte dos dirigentes espíritas, de quem fará uso da palavra. Também nos circundam polêmicas clássicas acerca da doutrina, por exemplo, a velha questão de a Doutrina Espírita ser ou não uma religião.

07 outubro 2025

A Vida Íntima das Frases (Notas de Livro)

Título: A Vida Íntima das Frases

Autor: Deonísio da Silva

São Paulo: A Girafa Editora, 2003.

B

A Burrice é Contagiosa; o Talento, não

Esta é uma das muitas frases célebres de autoria do crítico literário Agripino Grieco (1888-1973), famoso por tiradas cheias de verve e maledicência, proferidas contra pomposos escritores nacionais, até então convictos de que, dado o ofício que praticavam, muitas vezes confundido por sua posição social ou política, não poderiam ter suas obras criticadas, a não ser em comentários favoráveis. O corajoso paraibano, entretanto, culto e irônico, não poupava ninguém e legou à posteridade uma obra de crítica literária desassombrada, imune às tradicionais igrejinhas e confrarias tão presentes na cultura brasileira. Entre seus livros estão Vivos e mortos, Recordações de um mundo perdido e Gralhas e pavões.

De Onde Vêm as Palavras (Notas de Livro)

Título De Onde Vêm as Palavras. São Paulo

Autor: Deonísio da Silva

São Paulo: A Girafa, 2004. (Coleção o mundo são palavras)

Adoração: do latim adorationis, genitivo de adoratio, ato de adorar, adoração. A formação desta palavra remonta ao latim oris, boca, e à preposição ad, junto, em direção a. O gesto significa, pois, levar algo à boca. Em seus primórdios, o ato de adoração consistia em levar a mão à boca e, com o braço estendido, jogar um beijo à divindade. Além deste gesto, havia ainda a prosternação e a genuflexão, mas os cristãos cultivaram mais este último. 

Alcorão. Do árabe al-qur'an, a leitura, isto é, a melhor leitura que se pode fazer. Segundo os muçulmanos, o Alcorão, cuja variante é Corão, foi ditado pelo anjo Gabriel ao profeta Maomé, entre os anos de 612 a 632, em Meca e em Medina. À semelhança da Bíblia, é dividido em capítulos, chamados suratas, e versículos.