“Descobrir os talentos, estimular seu progresso e
tornar conhecidas suas potencialidades” atende a dois objetivos: os indivíduos
são ajudados a se realizarem e a sociedade é enriquecida.
Desde tempos remotos, as diversas culturas têm
procurado desenvolver talentos. A Igreja Católica medieval, por exemplo, educou
muitos de seus cardeais e papas, vindos de origem humilde. Todos, na sociedade,
deveriam se engajar nesse processo de desenvolver a si mesmo e os talentos ao
seu derredor. Não resta dúvida que o problema principal da educação é a
presença do mau professor em sala de aula.
Embora não seja regra, o talento exige estímulo.
Quantas não são as pessoas que se destacaram em certas carreiras, movidas
simplesmente pelo apelo de seu professor, de seu chefe ou mesmo de seu maior
amigo? Isso não quer dizer que a alta capacidade esteja sempre acompanhada de
alta motivação. Devemos ter em mente que o encorajamento sempre ajuda. Nada
dizer pode ou não ajudar.
Descobrir talentos implica maximizar a diversidade.
Uma diversidade máxima resulta num máximo valor social. Todos os indivíduos têm
uma missão, grande ou pequena, no mundo em que vivemos. Uns nasceram para as
artes, outros para as ciências, outros para os serviços braçais. Todos têm
utilidade no cômputo geral da sociedade. O nosso papel é encorajar cada um a
buscar os seus próprios objetivos na vida.
Em se tratando do talento, lembremo-nos de que
formular problemas é mais importante do que resolver problema. Formular
problema brota do indivíduo; resolver problemas, vem dos outros.
Fonte de Consulta
WOLFLE, Dael
(org.). A Descoberta do Talento: Estudo sobre o Desenvolvimento
Excepcional das Habilidades e Capacidades Humanas. Rio de Janeiro: Lidador,
1971.
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