17 novembro 2010

Folha em Branco

O que fazer diante de uma folha em branco? Escrever? Desenhar? Rabiscar? Rasurar? Pintar? Pensar numa tabula rasa? Escrever imediatamente algo para se ver livre da falta de assunto? Esperar aparecer as ideias criativas na mente? Como agir em função de um prazo estipulado?

A folha em branco não tem pressa; ela está ali, imóvel, esperando ser aproveitada da melhor forma possível. A preocupação é do escritor que terá de preenchê-la. Pensamos: será que aquilo que eu vou colocar ali será útil, servirá para alguém? O que pensarão a respeito do que eu vou escrever? Vão gostar? Vão jogar no lixo? Os escritos passarão despercebidos? Nada disso importa. Vale mais o exercício do que a expectativa de crítica. O importante é o exercício da criatividade.

A criatividade é uma palavra de difícil definição, mas uma coisa é certa: ela não cai do céu gratuitamente, pois nada vem do nada. Às vezes uma boa ideia, um insight é fruto de dias, semanas, meses ou mesmo anos de labuta. Observe a biografia de grandes cientistas: muitos deles esperaram anos a fio para poderem gritar eureka!, eu achei.

De vez em quando deveríamos relaxar e deixar que a nossa mente capte pensamentos do além, como fonte renovadora de nossa existência. Por isso, tenhamos sempre à mão lápis e papel, para não deixarmos que uma boa ideia genial se evapore por falta de registro, no exato momento em que apareceu.

A ideia anotada pode parecer banal. Não importa. É possível que depois ela se transforme em algo incomum, original, genial. Observe as novelas e os filmes: a maioria deles giram sobre o mesmo assunto, mas sempre com inovações do enredo.

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