A gestualidade é o comportamento do corpo que abrange
gestos (em movimento) e atitudes ou posturas (parados). É a linguagem do corpo:
“sermo corporis” O Corpo fala através de gestos e atitudes que
acompanham significativamente a pronunciação. Dentro da gestualidade se destaca
uma nova área de investigação: a proxêmica. A proxêmica estuda
a significação da gestualidade em relação com o espaço. O orador se movimenta
no espaço entre ele e o público de modo pertinente. Ora se situa num plano mais
elevado ou mais baixo ou no mesmo nível; ou se distancia ou se aproxima com
segundas intenções.
Gesto. Ato ou ação por meio do qual se dá força às palavras. Deve ser feito
sem exagero e sem excessos, isto é, com naturalidade e elegância. Lembrar
sempre que ele é apenas a essência, tão somente, do que se quer exprimir. Deve
preceder à palavra ou acompanhá-la, nunca sucedê-la. Se anteceder, prepara o
efeito da palavra; se acompanhá-la, reforça-a; se suceder, perde sua força.
Postura, Olhar e Maneirismos. Evite-se a postura displicente,
como falar sentado na cadeira ou encostado em alguma coisa. Jamais sentar-se
sobre a mesa. O olhar do expositor deve percorrer a plateia
inteira, não circunscrevendo a atenção para esse ou aquele lado, em especial.
Evitar os maneirismos, isto é, torcer os dedos, mexer na roupa,
estalar os dedos, esfregar as mãos, bater palmas ou tocar amiudamente objetos
sobre a mesa.
Gestos da Cabeça, dos Dedos e das Mãos. Cabeça. Se pender, indica
humilhação; muito elevada, arrogância; caída para os lados, lassidão; se firme,
imobilizada, olhar fixo, lábios fechados, dará a impressão de energia
feroz. Dedos. Devem permanecer levemente abertos e curvados. O
dedo indicador em riste é acusador; unido ao polegar é doutoral, de quem
ensina; abertos o polegar, o indicador e o médio, é o gesto de quem explica,
explana. Mãos. O movimento das mãos deve ser sóbrio,
variado, evitando o movimento nervoso.
Alguns Gestos Fundamentais
- Repelir – Recuar um pouco o peito,
erguer a cabeça, gesto da palma da mão volvida para baixo até a altura do
peito;
- Defesa – Erguem-se as mãos à altura
do peito, palma aberta para fora;
- Desolação – As mãos caem, palmas
abertas para fora;
- Pedir – Quando se pede, elevam-se
as mãos até o peito, palmas para cima, movimento trêmulo;
- Aceitar – Leve avanço da
cabeça que baixa, peito para frente, palma da mão aberta para cima, até a
altura do peito.
Espontaneidade. Nem prender as mãos, tornando-as
imóveis, nem as lançando para trás, imobilizando-as, nem adotando gesticulação
teatral exagerada. A melhor atitude perante os próprios gestos é esquecer as
mãos, e falar com naturalidade, deixando que elas procedam como procedem quando
conversamos.
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