Pectus est quod disertus facit (o coração faz o orador) Lema de Quintiliano.
Max Eastman, publicista e romancista contemporâneo,
no artigo "Oratória, a Arte Esquecida", em Titãs da Oratória,
esclarece-nos que "o verdadeiro orador não é loquaz, mas não existem
grandes oradores". Diz-nos, também, que na sua melhor acepção, a oratória
é uma arte dramática, em que o orador fala sobre algum assunto que preparou
antes. Poderíamos melhorar essa arte se soubéssemos claramente os fatores que
lhe são negativos.
O principal inimigo do orador é o microfone.
Demóstenes, renomado orador grego, disse que as três qualidades essenciais da
oratória sui generis são: a ação... a ação... a ação. Quem
ouve, através do microfone, perde essas três. Ninguém vai decorar um discurso
para ficar parado como um poste e dizê-lo pelo microfone.
Outro inimigo da oratória é a ideia que ele é fruto
da "inspiração". O bom discurso — como diz Cícero — há de ser
"cuidadosa e trabalhosamente elaborado", e, se o foi — afirma também
o grande orador romano — seu estilo terá força capaz de impelir o orador, caso
se ofereça oportunidade, ao improviso com a mesma eloquência — é como se fosse
um barco que, em plena marcha, mantém o rumo e o movimento, mesmo quando os
remadores descansam os remos.
O terceiro inimigo da oratória é a crença errônea
de que é necessário falar muito depressa se desejarmos causar
impressão. Os grandes estadistas falam devagar. Vez ou outra até param para que
o público possa absorver o raciocínio que estavam desenvolvendo.
Fonte de Consulta
Titãs da Oratória (Volume
X). Tradução do Dr. Silvano de Souza. 2.ed., Rio de Janeiro: El Ateneo,
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Dever-se-ia começar o
ensino de línguas pelo grego, não o latim.
Algumas das orações
pronunciadas por Churchill "lhes exigiam até seis meses de cuidadoso
trabalho", segundo relato de sua amiga e biógrafa Virgínia Cowles.
Quando o auditório é
imenso, habituamo-nos a ver o vulto do orador um tanto esvaído pela distância.
Muitas pessoas, que se acreditam importantes, falam mais devagar quando se dirigem ao público, do que quando tomam parte numa conversação.
O bom discurso é o resultado primoroso da inteligência, da ação, da arte literária e da memória exercitada, treinada.
Na sua melhor acepção, a oratória é uma arte dramática; é a arte de dizer alguma coisa que se há escrito, de antemão, e de representá-la por si mesmo.
O bom discurso — como diz Cícero — há de ser "cuidadosa e trabalhosamente elaborado"; e, se o foi — afirma o grande orador romano — seu estilo terá força capaz de impelir o orador, caso se ofereça oportunidade, ao improviso com a mesma eloquência — é como se fosse um barco que, em plena marcha, mantém o rumo e o movimento, mesmo quando os remadores descansam os remos.
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