As conversas difíceis
ocorrem quando nos sentimos vulneráveis, quando há riscos para o
relacionamento, quando envolve assuntos importantes e resultados duvidosos.
Exemplos: separação, divisão de herança, decisão de carreira, demissão, lidar
com um sequestro, agressão, decepção no relacionamento.
Para resolver esta
situação incômoda, convém:
Preparação: apesar das
desconfianças, não percamos a cabeça com ameaças e acusações, como por exemplo,
"eu acho que você está usando drogas". Há outros modos de situar o
problema. Há sempre outras alternativas para essa abordagem. Pensemos naquelas
que não ofendam o interlocutor.
Informar os fatos: os fatos proporcionam um começo mais
seguro. Para tanto, use um tom neutro, sem julgamentos. Pode-se dizer:
"ontem você chegou à 2h da manhã", em vez de "você não é
confiável". Não queremos convencer os outros que estamos certos, mas os
fatos dão subsídios para o outro pensar e refletir numa melhor resposta.
Relate sua história: ela dá o grau da
importância que os fatos têm para você. É preciso muita cautela, pois às vezes
nossas conclusões têm um potencial incendiário. Não se desculpe por suas
opiniões. Ao perceber que a segurança foi rompida saia da história, reconstrua
a segurança e volte. Demonstre humildade, solicitando a opinião do outro.
Incentive-a a se
expressar: para você saber a opinião do outro, ele precisa
expressá-la e somente o fará caso sinta-se seguro e respeitado. Caso
contrário haverá silêncio, evasivas ou agressão. Garanta-lhe que quer
escutá-lo, mesmo em opiniões, versões diferentes das suas.