O que
fazer diante de uma folha em branco? Escrever? Desenhar? Rabiscar? Rasurar?
Pintar? Pensar numa tabula rasa? Escrever imediatamente algo para
se ver livre da falta de assunto? Esperar aparecer as ideias criativas na
mente? Como agir em função de um prazo estipulado?
A folha
em branco não tem pressa; ela está ali, imóvel, esperando ser aproveitada da
melhor forma possível. A preocupação é do escritor que terá de preenchê-la.
Pensamos: será que aquilo que eu vou colocar ali será útil, servirá para
alguém? O que pensarão a respeito do que eu vou escrever? Vão gostar? Vão jogar
no lixo? Os escritos passarão despercebidos? Nada disso importa. Vale mais o
exercício do que a expectativa de crítica. O importante é o exercício da
criatividade.
A
criatividade é uma palavra de difícil definição, mas uma coisa é certa: ela não
cai do céu gratuitamente, pois nada vem do nada. Às vezes uma boa ideia, um insight é fruto de dias, semanas, meses ou mesmo
anos de labuta. Observe a biografia de grandes cientistas: muitos deles
esperaram anos a fio para poderem gritar eureka!, eu achei.
De vez
em quando deveríamos relaxar e deixar que a nossa mente capte pensamentos do
além, como fonte renovadora de nossa existência. Por isso, tenhamos sempre à
mão lápis e papel, para não deixarmos que uma boa ideia genial se evapore por
falta de registro, no exato momento em que apareceu.
A ideia
anotada pode parecer banal. Não importa. É possível que depois ela se
transforme em algo incomum, original, genial. Observe as novelas e os filmes: a
maioria deles giram sobre o mesmo assunto, mas sempre com inovações do enredo.