Hoje, com o avanço das mídias sociais, os indivíduos acabam se debruçando sobre uma quantidade imensa de opiniões, muitas delas rotuladas de "fake news". As pessoas não se concentram num único foco, mas pulam de uma opinião para outra sem a devida reflexão sobre aquele fato específico. É uma armadilha para o nosso pensamento: parece que estamos ativos, mas na realidade estamos apenas agitados na superficialidade.
Tempos
atrás, falávamos de prioridade, que significava primeiríssima coisa; hoje,
passamos a falar de prioridades, significando várias “primeiras” coisas. A
palavra prioridade deve ser usada sempre no singular, ou seja, nosso pensamento
deve ser direcionado para um único ponto, uma única coisa. As prioridades, por
outro lado, são muitas. Ampliando-as demasiadamente, chegamos ao seguinte:
havendo muitas tarefas prioritárias parece que nenhuma o é.
O problema
das escolhas. A escolha deve ser feita por nós que sabemos a real necessidade
do nosso espírito imortal. Todos temos uma missão, pequena ou grande, para
cumprir na Terra. E isso deve ficar incrustado em nossa consciência. Abdicar
desse direito, para seguir a ordem de terceiros, prejudica o nosso verdadeiro desenvolvimento. Importa mais cumprir os nossos deveres do que agradar todo mundo.
O exemplo
do armário. Eis um exercício interessante. Ao olharmos para o nosso
guarda-roupa podemos observar uma série de peças que nunca usamos e nem iremos
usar. Por que não tirá-las e doá-las a alguma instituição de caridade? Olhemos
para a nossa biblioteca: quantos livros não há que nunca foram abertos e nem o
serão? Por que não vendê-los em um sebo ou doá-los para instituições de beneficência?
Observemos
o tempo que ficamos lendo e ouvindo as publicações do facebook, do twitter, do youtube, do instagram... Estamos sendo teleguiados por essas mídias da internet. Não
seria melhor parar, pensar e tentar criar algo, que sendo de nossa cabeça, tem
grande validade para o progresso de nosso espírito. A isso poder-se-ia dar o
nome de criatividade. Criar, mesmo que partindo de algo que lemos ou ouvimos.
Cria-se desde que não se copie.
Estamos
atentos às coisas que estão consumindo o nosso tempo? Talvez não percebamos de
pronto, mas somos levados para aquilo que está no nosso íntimo.
Fonte de Consulta
MCKEOWN, Greg. Essencialismo - A disciplinada busca por menos. Tradução de Beatriz Medina. Rio de Janeiro: Sextante, 2015.