Demóstenes (384-322
a.C.) foi político e orador ateniense. Para vencer a sua gagueira, declamava
poemas enquanto corria na praia contra o vento e forçava-se a falar com seixos
na boca. Com isso, não só venceu a gaguez, mas conseguiu dar maviosidade à sua
voz.
Para Demóstenes, uma peça oratória deveria se
fundamentar em:
1) uma grande pessoa;
2) um evento inesquecível;
3) uma mensagem convincente;
4) uma transmissão primorosa.
Para sermos uma grande pessoa, não
precisamos ser presidente do país, ou de uma grande multinacional; basta
chefiarmos grupos de trabalho, orientarmos alunos e criarmos motivação para
jovens em uma comunidade carente. É suficiente que sejamos o melhor naquilo que
pudermos ser. Se conseguirmos irradiar entusiasmo, senso de humor, perseverança
e otimismo, com certeza, as pessoas que estão à nossa volta vão parar para nos
ouvir.
Para que foquemos apenas os eventos
inesquecíveis, temos de renunciar àqueles que não os são. Muitas vezes,
temos que rejeitar convites para pronunciamentos que não fazem parte de nosso
projeto de vida. Isso não é muito fácil, porque queremos sempre agradar ao
nosso próximo, ao convite que nos foi feito. Mas, será que ele faz parte de
nossas aspirações do momento? Aprendamos a dizer não, quando nossa consciência
a isso nos obriga.
Uma mensagem convincente. Para que
nossa mensagem seja convincente, precisamos ganhar a simpatia do auditório.
Nesse caso, urge prepararmos mentalmente aquilo que vamos proferir em público.
Um orador, sem critério, não chega a lugar nenhum. No final do discurso, o
público poderá dizer: “falou, falou, mas não disse nada”.
Uma transmissão primorosa. Aqui,
devemos ter em mente a postura do orador diante de seu público. São os seus
gestos, o timbre de sua voz, o modo como estabelece contato visual com o seu
público etc.