Em administração, faz-se analogia com quase tudo:
místicos e religiosos, pensadores e filósofos e grandes estrategistas de
guerra. Dunnigan, no livro A Sabedoria dos Maiores Estrategistas,
examinou as táticas e técnicas das guerras de Alexandre, o Grande, Júlio César,
Carlos Magno, Gengis Khan etc., comparando-as com as atuações dos gerentes das
empresas modernas.
Para ele, Júlio César (100–44 a.C.) foi um
comunicador supremo. Por isso, enfatiza que a comunicação é o grande segredo
para que algo seja concretizado. Nesse caso, os gerentes, à semelhança dos
grandes guerreiros, devem aprender a se comunicar com diversos tipos de
pessoas: subordinados, superiores, colegas, parceiros estratégicos, imprensa e
concorrentes. Caso não o façam, estarão sujeitos ao fracasso.
Alexandre, o Grande (356–323 a.C.), ao liderar os
exércitos gregos na conquista do Império Persa, vislumbrou-nos a coragem de
enfrentar dificuldades, inclusive a própria morte. A coragem de enfrentar a
morte não é privilégio somente de Alexandre, mas de quase todos os
estrategistas de guerra. Os gerentes, baseando-se nos feitos desses grandes
guerreiros, devem ter a coragem de tomar decisões. “Se o líder de uma empresa
não tiver coragem de enfrentar tarefas difíceis, os seus subordinados também
não o farão”. O líder deve ter, também, muita coragem para admitir que cometeu
determinado erro.
Liderar pelo exemplo. Os grandes comandantes nunca
mandaram fazer algo que não puderam ter feito antes. Diz-se que “o exemplo
corrige mais que as repreensões”. Passando para o lado da gerência. Se os
gerentes quiserem que os funcionários façam horas extras, fiquem além do
horário preestabelecido, ele deverá ser o primeiro a fazê-lo. Como gerentes,
devemos ter em mente que o exemplo contagia.
Planejamento, organização, flexibilidade,
treinamento, disciplina e visão de longo prazo são termos usados nas guerras;
usando-os no dia-a-dia, os gerentes nada perdem e muito ganham com essa
determinação.
Fonte de Consulta
DUNNIGAN, J. MASTERSON, D. A Sabedoria dos
Maiores Estrategistas: Táticas e Técnicas de Guerra em Administração.
Tradução de Eduardo Lassere. São Paulo: Futura, 2001.